" As TICs nas Práticas pedagógicas"


Atualmente, Informação e Comunicação são sinônimas de poder: ter a capacidade de comunicar significa poder aceder a informações, e interagir para a obtenção de novos dados, também eles portadores de informação.
O computador e os seus periféricos, designados por Tecnologias de Informação e Comunicação são, sem dúvida, um meio essencial e privilegiado para aceder, trocar e disponibilizar Informação, reunindo todas as condições do multimídia, para as quais o tempo e a distância deixa de ter significado, pela transmissão praticamente instantânea de dados.

 Contudo, não se pense que as T.I.C. substituem a leitura e escrita tradicionais: de certo modo até acentuam a sua importância, já que constantemente se lê e escreve no écran do computador. Simplesmente, moldam-nas a formas mais condensadas e definidas, onde a apresentação do texto adquire uma maior importância.
Além da excelente capacidade de comunicação, as T.I.C. revelam-se igualmente imprescindíveis no tratamento e organização da informação, pela integração de ferramentas relativas ao processamento e tratamento de texto, organização de dados, construção de tabelas, esquemas e desenhos, resolução de cálculos e construção de simulações.
A sua presença tornou-se indispensável em qualquer atividade econômica, social ou cultural:
A possibilidade de integração, convivência e cooperação de diferentes meios de comunicação num único sistema, abre espaço para inúmeras aplicações que irão, com certeza, se não revolucionar, pelo menos modificar substancialmente o comportamento das pessoas, tanto no âmbito profissional como pessoal e social” (Neve, 1995, citado por Corrallo, 2003).
 “As T.I.C. têm originado uma autêntica revolução em numerosas profissões e atividades: na investigação científica, na concepção e gestão de projetos, no jornalismo, na prática médica nas empresas, na administração pública e na própria produção artística.” (Ponte, 2000)

Impôs-se, então, a necessidade de familiarização e formação para a utilização destas novas ferramentas, em consonância com as diferentes fases do seu desenvolvimento.

Paralelamente a esta evolução de características e funções, surge o interesse na aplicação do computador ao processo ensino-aprendizagem e realizam-se as primeiras experiências da aplicação deste recurso em contexto educativo (Orti, 2000).
Surge na Escola a necessidade de uma nova alfabetização – uma alfabetização informática – que possa desenvolver em todos os alunos competências para a nova forma de comunicar e trabalhar, fundamentais tanto para o prosseguimento de estudos como para uma inserção na vida ativa profissional.
A Escola incluiu a Informática nos seus currículos, com o objetivo da iniciação dos alunos na área da programação. Contudo, a rápida evolução em termos de complexidade, orientou a disciplina para a óptica da simples utilização e exploração do computador enquanto ferramenta, surgindo o conceito de “Ensino Assistido por Computador”.
Atualmente, a iniciação às T.I.C. começa no jardim de infância: as crianças manuseiam o rato, abrem e fecham programas, fazem desenhos, principalmente através de jogos interativos em CD-ROM.18 Hoje em dia as Tecnologias de Informação e Comunicação estão constantemente presentes no universo dos professores, ora porque competem com eles, ora porque são preciosas ajudas. Se, por um lado, grande parte do insucesso escolar é atribuído às grandes solicitações a que os alunos estão sujeitos (que “roubam” a sua atenção e a desviam das tarefas escolares), também é igualmente verdade que a televisão e os computadores são fundamentais no processo ensino-aprendizagem, quer como ponto de partida – “viram ontem na televisão a notícia sobre ...” – quer como ponto de chegada – “para o trabalho de pesquisa podem apoiar-se nos sítios da Internet...”. Se é evidente o fascínio do aluno pelos computadores, aproveite-se então esse fato na reconquista da sua atenção e interesse, para a construção de uma escola mais dinâmica e motivadora. O computador é um grande aliado no processo ensino-aprendizagem, “ajudando a desenvolver a capacidade de aprender a aprender e personalizando a transmissão de conhecimentos no processo de aprendizado contínuo” (Barreto, 1999, citado por Teixeira, 2003).
E o que pensam o professores? O estudo “As Tecnologias de Informação e Comunicação: utilização pelos professores”, da responsabilidade do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planejamento do Ministério da Educação (Paiva, 2002), mostra que:
 • 78% dos professores consideram que as TIC os ajudam a encontrar mais e melhor informação para a sua prática letiva;
• 65% consideram que as TIC tornam mais fáceis as suas rotinas de lecionarão;
 • 51% diz ter recebido formação em TIC e conhecem as suas potencialidades
• 68% consideram que as TIC lhes exigem novas competências na sala de aula;
 • 47% dizem que encontram informação na Internet para a sua disciplina;
 • 62% reconhecem que as TIC tornam as aulas mais motivadoras para os alunos;
• 52% pensam que as TIC encorajam os alunos a trabalhar em colaboração;
• 72% consideram que as TIC ajudam os alunos a adquirirem conhecimentos novos e efetivos; Que razões poderão justificar a não integração das TIC em contexto educativo?
• 49% consideram que, em algumas situações, os alunos dominam o computador melhor do que eles;
• 40% dizem não conhecer as vantagens pedagógicas do uso das TIC;
 • 37% dos professores acham que não existem condições disponíveis na escola para usar os computadores;
• 98% dos professores consideram que necessitam de mais formação na área; Esta última razão apontada é evidenciada pela forma como o computador é normalmente usado pelos professores.

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Indaiana Lima (04)

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