As TICs na Educação

O advento das TICs, tecnologias da informação e comunicação, abreviadas doravante por TICs, revolucionou a relação do professor e dos alunos com a informação. Se antes a questão-chave para o professor era como fazer para que os alunos tivessem acesso às informações, hoje elas estão por toda parte, sendo transmitidas pelos diversos meios de comunicação. A informação e o conhecimento não se encontram mais fechados no âmbito da escola. O novo desafio que se abre na educação, frente a esse novo contexto, é como orientar o aluno a saber o que fazer com essa informação, de forma a internalizá-la na forma de conhecimento e, principalmente, como fazer para que ele saiba aplicar este conhecimento de forma independente e responsável.

Nesse novo contexto cabe ao professor ensinar aos alunos avaliar e gerir as informações que lhes chegam. Certamente que o Professor já não pode numa sociedade de informação e do conhecimento limitar-se a ser difusor do conhecimento. Torna-se, de algum modo parceiro de um saber coletivo que lhe compete organizar. Este processo revela-se muito mais próximo da vida real do que os métodos tradicionais de transmissão do saber. Começam a surgir na sala de aula novos tipos de relacionamento e o desenvolvimento das novas tecnologias não diminui em nada o papel do professor. Ele o modifica profundamente, deixa de se apresentar como o núcleo do conhecimento para se tornar um otimizador desse mesmo conhecimento e saber, convertendo-se assim, num fornecedor de meios e recursos de aprendizagem, um estimulador do diálogo, da reflexão e da participação crítica.

Segundo Almeida, compreender as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias disponíveis na escola, bem como criar dinâmicas que permitam estabelecer o diálogo entre as formas de linguagem das mídias, são desafios para a educação atual em especial para os professores. Afinal a informação deixou de ser predominantemente veiculada pelo professor na sala de aula. O aluno já chega à escola transportando consigo a imagem de um mundo que ultrapassa os limites do núcleo familiar, do professor e da própria escola. Mas informação não é conhecimento e o aluno continua a necessitar da orientação dealguém que já trabalhou ou tem condições para trabalhar essa informação. É nesse ponto que o professor deve estar atento e preparado, pois nada pode substituir a riqueza do diálogo pedagógico, a intervenção do educador.

No tocante à motivação e a facilitação do processo ensino-aprendizagem, as TICs podem desempenhar um papel primordial, desde que integradas corretamente no contexto pedagógico. As suas potencialidades são vastas e proporcionam uma aplicação/exploração tão abrangente e eficaz, cujo limite se encontre apenas na imaginação e criatividade do seu utilizador. As novas tecnologias permitem que as aulas se tornem muito mais motivadoras quer para os alunos quer para o professor.

Assim, educar e aprender usando as TICs talvez seja mais simples e eficaz do que transmitir e receber informação. E o papel do educador como comunicador parece estar mais evidenciado quando se utilizam TICs, evidentemente, correndo o risco de caminhos perversos como a confusão da figura do educador com a imagem de mero “animador” do processo de aprendizagem. Criar e gerir o que se cria é um grande desafio quando se utilizam os recursos das TICs. É possível, portanto, pensar que com o uso de TICs, as capacidades de comunicação por parte de quem tem que criar, transmitir e compartilhar conhecimento afloram com mais intensidade, vigor e visibilidade do que quando não se usa a tecnologia.

No que diz respeito à utilização das TIC’ na minha área disciplinar não tenho dúvidas de que estas contribuem para um maior enriquecimento das minhas aulas. O estudo acaba por ser mais abrangente, a informação está mais acessível e completa. Nos dias de hoje a maior parte das propostas de atividades sugerem a utilização da Internet, vídeos, CD – ROM na sala de aula, que quase não permite desculpas para que continue a ser ignorada a sua utilização como ferramenta pedagógica.

Portanto cabe ao professor buscar o conhecimento operacional das tecnologias e dos meios de fazer com que as informações obtidas por seus alunos sejam internalizadas de forma crítica, pois o “professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos. Depois, questiona alguns dos dados apresentados, contextualiza os resultados, os adapta à realidade dos alunos, questiona os dados apresentados. Transformando informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria.

O re-encantamento, em fim, não reside principalmente nas tecnologias -cada vez mais sedutoras- mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças e que nos solicita a um consumismo devorador e pernicioso. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio. É frustrante, por outro lado, constatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias. O reencantamento, em grande parte, vai depender de nós. “

As TIC's na Educação escrito em domingo 22 novembro 2009 12:12

Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologias Contemporâneas na Escola l - FAV - EAD

ORIENTADORA ACADÊMICA: ELIANE QUINTAIS

TUTOR: SANTIAGO LEMOS

ALUNA: MARIZA BATISTA DE SOUSA FERREIRA

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