4º Tema: As TICs nas práticas pedagógicas


Vivemos um tempo marcado pela hegemonia dos meios de comunicação de massa e difusão instantânea da informação a todos os cantos da Terra. A revolução eletrônica parece abrir as janelas da história a uma nova forma de cidade, de configuração do espaço e do tempo, das relações econômicas, sociais, políticas e culturais; “enfim, um novo tipo de cidadão com hábitos, interesses, formas de pensar e sentir emergentes. A esta nova maneira de estabelecer as relações sociais e os intercâmbios informativos deve corresponder um novo modelo de escola” (PÉREZ GÓMEZ).
Vivemos, hoje, um momento histórico marcado pela presença das TICs no mundo das relações humanas, sobretudo no trabalho docente e nas práticas escolares, configurando um contexto social dinâmico e complexo que afeta sobremaneira o professor habituado com suas rotinas e costumes do cotidiano escolar. Equacionar o papel das
TIC na formação inicial de professores, requer que nos debrucemos, por um momento, sobre a escola e, em especial, sobre o futuro da escola. Devemos pensar que a escola, tal como existe hoje, vai ter de desaparecer mas também que a escola, como instituição, não vai desaparecer. Ou seja, terá de haver mudanças profundas — como de resto tem acontecido ao longo dos tempos — mas não deixará de haver escola.
Em que sentido irá a escola evoluir? Quais as mudanças que se podem antever? Podemos imaginar uma escola mais integrada na comunidade — na verdade, uma escola à margem
da comunidade não faz nenhum sentido e é uma aberração condenada a desaparecer. Podemos antever uma escola com uma dimensão mais humana e também mais rica em recursos humanos e materiais — e, em particular, em novas tecnologias. Podemos, finalmente, imaginar uma escola com projectos educacionais próprios e diversificados — de facto, uma escola sem um projecto próprio, é algo que não faz também qualquer sentido.


As TIC constituem, assim, uma linguagem de comunicação e um instrumento de trabalho essencial do mundo de hoje que é necessário conhecer e dominar. Mas representam também um suporte do desenvolvimento humano em numerosas dimensões, nomeadamente de ordem pessoal, social, cultural, lúdica, cívica e profissional. São também, convém sublinhá-lo, tecnologias versáteis e poderosas, que se prestam aos mais variados fins e que, por isso mesmo, requerem uma atitude crítica por parte dos seus utilizadores.
Na escola, as TIC são um elemento constituinte do ambiente de aprendizagem. Elas podem apoiar a aprendizagem de conteúdos e o desenvolvimento de capacidades específicas, tanto através de software educacional como de ferramentas de uso corrente. Permitem a criação de espaços de interacção e partilha, pelas possibilidades que fornecem de comunicação e troca de documentos Representam, além disso, uma ferramenta de trabalho do professor e do educador de infância e um elemento integrante da sua cultura profissional, pelas possibilidades alternativas que fornecem de expressão criativa, de realização de projectos e de reflexão crítica3. Para que tudo isso aconteça há, naturalmente, que garantir um amplo acesso às TIC tanto na escola como na sociedade em geral e estimular o protagonismo dos professores e dos educadores enquanto actores educativos fundamentais.
Postado por Renan Barbosa - 2010.2

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